Sempre ouvi frases a meu respeito, entre elas elogios e críticas. Quando ouço críticas, beleza, absorvo e procuro na medida do possível melhorar, e quando ouço elogios, estes são frutos de algumas coisas que realizamos bem e como recompensa ouvimos palavras benéficas ao ego. Mesmo assim questiono, porque sei que as vezes não sou tudo isso que dizem a meu respeito. E é bem verdade que com a maioria deve ocorrer o mesmo, menos para aquelas pessoas cujo ego por natureza é elevado.
Nem todas as críticas são bem-vindas, porque algumas machucam, mesmo que sendo verdade, machucam...
É natural de todo ser humano reagir às críticas, assim como é natural do ser humano esperar do próximo determinada atitude que muitas vezes não é correspondida...
Fui criado num ambiente onde abraços e beijos eram de vez em quando, e hoje crescido, tenho dificuldades em reagir às pessoas da mesma forma, não sou de beijinhos e abraços para todo mundo. Quando me vem cumprimentar já vou com a minha mão estendida, enquanto às pessoas em geral esperam, beijinhos no rosto e abraços.
Certa vez ouvi numa palestra de psicologia que cada pessoa tem uma maneira de sentir-se valorizada. Algumas são pelos toques, necessitam de ser abraçadas, beijadas, outras se satisfazem com palavras bonitas, um elogio daqui, uma palavra benéfica dali e já se satisfazem. Outras já se valorizam por coisas que ganham, um presentinho, uma lembrancinha etc...Assim forma-se a cadeia da sociedade, com pessoas diferentes que se sintam valorizadas de diferentes formas.
O mais complicado de tudo isso é conseguir essa dinâmica sábia, para que as pessoas venham a compreender melhor porque algumas se comportam de uma maneira e a outra pessoa com as mesmas atitudes se comporta de maneira totalmente oposta. Isso é fascinante, pois um elogio para algumas exaltam a estima enquanto que para as outras constrangem profundamente, porque os seus estímulos ao meio é diferente.
Um abraço para algumas é sempre bem-vindo enquanto que para outras não é necessário um abraço, mas um simples gesto de atenção. E muitos não conseguem compreender isso, já julgam com outras perspectivas e rotula as pessoas de chatas, arrogantes, ignorantes e assim por diante.
Sei bem o que é isso, pois nesses anos todos sempre fui mais de observar do que de falar...prefiro ouvir os outros falando abobrinhas do que falar, e não me engano quanto a caráter de determinadas pessoas, porque algumas já são denunciadas na sua maneira de expressar, no seu tom de voz, entre outras minuciosas características que são passadas "batidas", pois hoje em dia o mais importante é ter "ibope" nos meios do que propriamente "ser".
O "ter" hoje em dia conta mais...
Nessa adversidade comportamental dos seres humanos me encontro no meio daqueles que muitas vezes é mau interpretado, porque sou confundido com a maioria e afirmo que da maioria estou bem distante.
Há determinadas características na minha pessoa que sei que são negativas, porém é algo a ser trabalhado com o tempo e na convivência diária com as pessoas, e acho que todo mundo sabe de seus defeitos, embora há algumas pessoas que não enxergam defeitos em si mesmas.
As pessoas, segundo a psicologia, julgam as outras de acordo com aquilo que elas trazem um pouco de dentro de si.
Não preciso de ninguém me dizer que sou chato, é algo que sei a muito tempo e que é uma luta diária a trabalhar nesse aspecto, porque é algo que se acumulou durante o tempo de criação, meio que uma resposta ao meio de convívio.
Portanto, assim vamos continuando a viver, procurando sempre manter a consciência limpa de qualquer coisa que venha se levantar contra.
Não durmo com a consciência pesada, sei reconhecer os meus erros, e sei que sempre estou num processo de mudança...sempre evoluindo...
Pois há quem diga que com os anos não mudou em nada. Esses são aqueles estagnados, pois fomos criados para evoluir, àqueles que estão parados no tempo, como diz a lei da seleção natural...morrem no meio do caminho.
Prevalecem os mais fortes, humildes e com a consciência sempre atenta às circunstância.
por: Natalino G. da Silva
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