A rebelião de Lúcifer havia trazido uma assustadora nota de discórdia à harmonia celeste. Uma decisão deveria ser tomada, pois a ameaça dessa desarmonia se espalhar pelo Universo era real. Por isso, Miguel e Seus anjos lutaram contra o dragão (antes Lúcifer, agora Satanás) e seus anjos. O diabo e seus adeptos foram derrotados e, finalmente, expulsos do Céu.
A despeito de saber o risco que o nosso planeta correria, o plano da Criação seria mantido. Os seres humanos também seriam criados com liberdade de escolha. E quando o plano da criação deste mundo foi executado, Deus estava tranqüilo porque sabia exatamente o que fazer caso Adão e Eva participassem da rebelião proposta por Satanás. Deus enfrentaria seu inimigo não com força nem com armas, mas com uma cruz. A Trindade havia concordado que se os seres humanos se juntassem à conspiração, Deus, o Filho (a segunda pessoa da Trindade) viria à Terra para morrer em lugar do homem. Deus já possuía o Calvário em Seu coração porque Ele salvaria toda a humanidade com o “Cordeiro que foi morto desde a criação do mundo.” Apocalipse 13:8.
Que declaração! Ela nos conta uma tremenda história. O Cordeiro (Jesus) estava pronto para morrer desde a fundação do mundo. Essa seria a arma com a qual Deus combateria o pecado: o Cordeiro morto numa cruz. E, com essa arma, Ele seria vencedor. E agora, Satanás abandonaria sua guerra contra Deus? Não!
Ainda assim, é impossível entender as tragédias se não atentarmos para esse conflito cósmico que está
A Bíblia nos relata a interessante experiência de Jó. Ao lê-la, conhecemos os participantes que estão por trás das cenas da vida. Somos informados que ocorreu uma conversa entre Deus e Satanás. O Senhor conhecia a lealdade de Seu servo, mas Satanás, por sua vez, declarou que Jó servia a Deus somente porque era favorecido. Sendo assim, permitiu que Satanás fizesse o que bem entendesse, desde que não tocasse na saúde dele. “Mas estende a tua mão e fere tudo o que ele tem, e com certeza ele te amaldiçoará na tua face. O Senhor disse a Satanás: Pois bem, tudo o que ele possui está nas suas mãos; apenas não toque nele. Então Satanás saiu da presença do Senhor.” Jó 1:11 e 12.
Apesar de tudo o que lhe sobreveio, Jó manteve sua total confiança
É impossível entender as tragédias se não atentarmos para esse conflito cósmico que está em andamento.
A exemplo do que fez no passado, Jesus gostaria de andar pelos caminhos e vilas, pelos hospitais e clínicas e não deixar nenhum doente. Ele gostaria de mandar para casa cada paciente perfeitamente curado, impedir que os carros colidissem, evitar que os aviões caíssem, que os acidentes ocorressem e que os terremotos, as inundações e os incêndios não acontecessem. Mas se Deus realmente gostaria que todas essas coisas não acontecessem, por que não o faz? Por que Ele não se apresenta e acaba com o sofrimento? Seu poder estaria faltando? Deus não pode fazer alguma coisa pelos nossos problemas além de expressar Sua simpatia?
Não seria justo mencionar falta de poder para Aquele que falou e tudo se fez. Seria, então, ausência de amor? Mas, se fosse falta de amor, Deus não entregaria Seu Filho para morrer em nosso lugar. Então, qual é o problema? Se Ele é poderoso o suficiente e ama o bastante, por que deixa todas as tragédias acontecerem?
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