Sinto-me inútil como deveras sou
O mais pobre dos homens, o menor da casa do rei,
Sinto-me o mais sujo, desnudo de alma
Como se humilhado fosse por todos
Aparento bondade, o mais angelical dos seres
Mas não para os que me amam
Para estes sou cruel, a maldade em pessoa
Sou insensatez desvairada, escondida num ser
Queria ter sido esse ser pintado, seu
Queria ter te feito o mais feliz dos homens, o mais completo
Mais a única coisa que conseguir te fazer, é chorar por
dentro
É sangrar por dentro a dor gemida deveras
Ah, se o tempo pudesse voltar, ou a paixão permitisse ver as
imperfeições do ser
Mas o tempo não volta e a paixão no seu ápice cega
E quando nos damos conta estamos dentro de um poço sem fim
O amor tem seu preço, e mesmo amando
O abismo chega e diz basta, cada um vai para um lado
A quem diz que não há amor assim
Mas sim, existe
Eu sempre te amei e sempre que sempre vou te amar
Mesmo distante estarei bem perto
Pois sei que meus pensamentos nunca serão capaz de lhe
esquecer
Me entreguei a você
Mas o tempo não lhe permitiu me aceitar mais
Só não quero ser o peso da sua felicidade
Por isso calado vou me embora e não vou dizer adeus
Pois sei o quanto te amei e amo
Por isso não me recluso a mim e a ti
Seja feliz oh minha metade que se foi
Pois viverei em paz sabendo que não te farei mais sofrer
E por amar demais torcerei para que sejas feliz
E encontre na sua busca intensa tua felicidade tão esperada
Meu choro dói, mas consola
Por saber disso tudo
Não chores, não lamentes, pois tudo valerá para crescer
Por (natalino G. Silva)
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