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sábado, 13 de junho de 2015

A MORTE DE UM POETA




O poeta é nato cheio de sonhos, de projetos, de visões, de neuras controladas e de suspiros longos à romanesca;
O poeta por si só, projeta seu mundo abstracional à realidade do homem neanderthal, aonde tudo pode acontecer e nada se pode concluir sem a intervenção do macaco pensante que tudo sabe.
Acha   que tudo sabe, mas no fundo no fundo nada sabe nem de si mesmo,





Suas vestes de sabedoria esconde à face dos ignorantes que o aplaude sem ao menos questionar “o por quê” a sua pura e exaltante imbecibilidade de querer mostrar o caminho certo pisando em ninhos de serpentes e sapos.
Ah! Crudelíssima sociedade!
Ah! Tu que o fazes pensar que é o top, o “cara”, o sábio, mas, na verdade é o charlatão dos bons costumes e o moral.
Mata-se o poeta com um tiro mortal, que o atinge em suas entranhas a realidade.
Mata-se o poeta quando as nuvens negras o tapam a visão e o impedem de enxergar um palmo a frente de sua própria mísera realidade.
Os seus sonhos são frustrados diante da inteligência alheia e suas projeções são falidas diante do super ego das pessoas que o olham, não o admira e muito menos presta atenção nos seus versos da vida, aonde toda fonte de sua inspiração consumiu o tempo precioso de compartilhar-se no seu meio como uma pessoa comum.
Todavia a regra é... Não ser comum!
Absurdo ser comum para o poeta, absurdo!
Tempo perdido é socializar-se com os ignotas que nos rodeiam, é compartilhar do pão, do mesmo pão que a elite coloca a mesa e oferece as migalhas aos pobres que se saciam e se contentam com ela.
Pobre poeta que morre todo o dia aos poucos, quando todo mundo se cala para ouvir e aplaudir o burro que relincha, e, quanto mais alto, mais o escutam e abaixam-se o reverenciando como o súdito na casa do rei.
Pára!!! Pára tudo!!!
Mata-se o poeta sem morte, sem dor, sem nada.
O nada é resultado do seu silêncio que esconde o grito dos culpados e revela as espreitas, o grito dos desesperados que suplicam ao poeta a sua sabedoria que foi, até então, menosprezada pelos mesmos.
O poeta não merece morrer, arrebata-o!!!
Arrebata-o a viver nas nuvens, oscilando entre o céu no paraíso e sonhos à realidade terrena e insana.
Se todos têm a mesma capacidade de transformar-se em poetas, ao mesmo tempo têm a capacidade de entoar hinos de discórdia entre os sonhos tão bem sonhados e a realidade tão bem alicerçada em sés próprios caminhos entrelaçada à ignorância cotidiana da falta de capacidade de refletir ao menos um pouco do destino de cada passo que leva a um determinado caminho.
Mata-se o poeta então, matando-se a si próprio e sufocando a auto-avaliação de como e o porque vou aonde os meus pés descalços me guiam...
Mata-te, tu oh, poeta e que não vês !!!

por: silva, natalino g


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