Na esquina do quarteirão do fôlego de vida me encontrei
Dois caminhos tênues, perdição
Duas histórias sórditas, dois indivíduos desconhecidos em um único ser
Qual é a verdade?
Qual é a realidade desses dois mundos inconstantes?
Duas hipóteses incertas dentro de uma teoria perfeita
O que importa não vale mais, foi trocado por nada
Do que vale lutar se as forças se esgotaram?
Para que tentar se não há mais chances de voltar a trás e começar tudo de novo?
Na esquina do quarteirão do fôlego de vida me encontrei
Entre a morte e a vida
Entre o ódio e o amor
Entre a face mal beijada e a traição de um sorriso conquistador
Do que vale se iludir?
Os sonhos já não existem, a escuridão tomou conta e nada mais pode acontecer
Do que vale incentivar os que têm ânimo e nada fazer aos que necessitam?
Do que vale viver se não há mais sentido pra nada?
Vale a pena continuar na esquina do quarteirão?
Ou tomar uma decisão que pode levar a tragédia eterna de uma vida limitada e finita
Na esquina do quarteirão do fôlego de vida me encontrei
Assim como esse texto que não sabe ser poema ou uma descrição de sentimentos aleatórios
Mas o que importa é que ainda restam palavras para compor
Talvez
o poema mais belo que existe
O poema de uma vida que só pode ser interrompida quando houver um ponto final.
Por: Natalino G. da Silva
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